Ser do contra.

Sim. Eu pecadora me confesso.
Sou do contra.
Não sempre, mas por vezes.
Em algumas coisas.
Muitas delas pequenas, onde vejo que às vezes sou um pouco… desalinhada da linha geral.

Quando toda a gente decide se são uns Adidas Gazelle ou uns Stan Smith, eu compro uns Nike air.
Quando toda a gente tem cestas de praia girissimas, eu ando com a minha mochilinha de uma alça.
Quando chega a moda do cronograma capilar (oi? comoéquié?) eu pimbas, dou um corte ao cabelo.
Quanto toda a gente anda no Snap e nos live videos e cenas da era moderna… eu vou e crio um blog. 😊
Etc etc etc

Mas também não sou aquela que “Uiiii, entao tu achas que o céu é azul? Pois migo, desculpa lá mas o céu é amarelo às bolinhas rosa, está bom de ver…”.

As opiniões devem reflectir a informação de que dispomos num determinado momento, muitas vezes misturadas com emoções, mas quando essa informação se altera, a mim pessoalmente [sempre adorei pá este pleonasmo, como se eu e a minha pessoa pudessemos, sei lá, ir por caminhos diferentes😏] não me custa nada mudar de opinião também. E dar a outra face. E pedir desculpas, que se vê cada vez mais difícil no meio político, laboral, social…

Ir contra a corrente é no entanto muito diferente da típica postura birrenta do “Ai sim?! Ai ele é isso? Pois agora é que eu não vou/faço/etc.” E essa vê-se aplicada tantas vezes, quase sempre naquilo a que chamo os papéis de pequeno poder. Aqueles que podem condicionar um pouquinho a vida dos restantes, e se sentam nesse trono majestoso, de “Amigo, temos pena.” E nós temos, pena por eles, e por nós.

Porque há gente que é do contra só por ter esse gostinho especial, e desencanta sempre a opinião do lado avesso ao que o outro lado lhe apresenta. São estilos.

Mas já dizia Churchill:

“Não há mal nenhum em mudar de opinião…

                                                                  desde que seja para melhor.”

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