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5 ideias para viver na Era do Propósito

No início pensei que fosse um tema geracional. Ou melhor, um tema concentrado nos que chegam aos 40 e param para pensar. Pensar no tempo que já passou, no que está por vir, e naquilo que realmente justifica saltar da cama num pulo só. O tal do propósito.

Mas não. Há mais gerações na busca do propósito. Os millenials, que não querem para eles os sonhos materialistas da geração anterior, que querem partilhar experiências e nelas…o mundo. E os centennials, esses que ainda andam meio incompreendidos pelas massas. Todos querem encontrar o match perfeito, nos valores e na missão. Se não o encontram nas empresas instituídas, criam as deles. Tema resolvido.

Por isso em muitos fóruns se fala já de uma Era do Propósito, muito para além de uma simples moda passageira, ao estilo new age. Para lá de status, dinheiro e bens materiais, começa a ver-se uma busca colectiva por algo maior. Viktor Frankl defendeu nos seus estudos que a busca de sentido é a razão primária da vida, sem o qual se está num vazio existencial.

Na verdade, as pessoas procuram hoje envolver-se em projectos e actividades que tenham um propósito claro por detrás, e que se alinhe com os seus valores. Onde possam investir tempo e energia com sensação de contribuir com algo importante para o mundo, seja em que escala fôr. E o trabalho, paradoxalmente, é a grande ferramenta deste mecanismo: pode ser visto como aquilo que nos faz levantar a cada dia de um salto, ou aquilo que nos faz arrastar de cara colada ao chão…

Que impacto queremos fazer? Que legado queremos deixar? Em que queremos deixar o mundo melhor? Essas são as perguntas que em algum momento começam a surgir. Mas como ler os sinais de questionamento, de insatisfação, de busca?

por aqui tinha reflectido sobre este tema, mas aprofundo agora algumas ideias para a JORNADA DO PROPÓSITO:

1) Conhecermo-nos melhor

Quantas e quantas pessoas acham que são uma coisa, mas se perguntassem efectivamente a quem os rodeia ficariam surpresos com as respostas? Essa imagem que criamos, tanta vezes condicionada, pode ser aprofundada.

Testes de personalidade, como o www.16personalities.com, os vários do Psychologist Today que dão pequenos snapshots de perfil ou os de apps como a Good&Co, ajudam a criar uma imagem mais estruturada do que nos caracteriza. Um trabalho pessoal muito interessante!

2) Identificar os nossos valores

Q que defendemos acima de tudo? O que nos move? O que nos injustiça? O que nos emociona? O que consideramos certo… e errado? Isso vem na sequência do ponto 1, dessa descoberta interior que vai deixando mais claro quem somos, para sabermos o que queremos.

3) Detectar os momentos de flow nas nossas vidas

Quantas vezes damos por nós envolvidos numa actividade e de repente… passaram-se 5 ou 6 horas? Quando de uma ideia nasce outra e outro caminho e o que fazemos nos leva para dentro e… estão a identificar? Esses momentos em que tudo nos sai fácil e fluído, são os chamados momentos de flow, onde estamos no encontro ideal entre uma tarefa…e quem somos.

4) Listar paixões… e competências

Não temos quase nunca consciência do que verdadeiramente gostamos de fazer e naquilo em que somos bons. Tentamos escrever e saiem 3 ou 4 coisas. Façamos pois a reflexão que nos obriga a escrever 20 ou 30, para ver onde anda o match. Esse canto da matriz que nos diz “adoro isto e sou bom nisto”… tem todo o potencial.

5) Agir

Este é o ponto que muitos deixam para trás. Depois do autoconhecimento (que não termina nunca, é um processo evolutivo, como nós mesmos), do estudo e da leitura, é preciso agir e fazer acontecer esse caminho que nos leva mais próximo a uma vida com sentido. Saber bem os nossos porquês, para que os nossos comos saiam facilmente.

Porque afinal estamos todos apenas a assentar tijolos… ou a construir catedrais?

Foto: David Iskander, Unsplash

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