De acordo com uma pesquisa da Universidade da Califórnia, apenas 10% da nossa felicidade depende de bens materiais. 50% seriam de causa genética e 40% é fruto do nosso comportamento.
Na verdade, por isso se diz que dinheiro não traz felicidade, na sábia sabedoria popular. Há 40% de felicidade que está nas nossas mãos, e isso passa pela forma de encarar as grandes e as pequenas coisas.
Nos últimos tempos tenho vivido na 1ª pessoa a mudança de paradigma reflectida aqui: TER MENOS PARA SER MAIS. Um caminho natural, fruto de leituras e reflexões que me fazem querer simplificar.
As nossas vidas encheram-se de objectos, afazeres, responsabilidades, tarefas, pessoas… Por isso se instalam apps diversas no telemóvel, por isso os dias terminam estafados, e não se aprecia o óbvio.
Uma das minhas resoluções este ano, escrita em papel para deixar marca, foi a de não comprar nada de roupa, acessórios, maquilhagem, gracinhas para a casa e também livros, no primeiro quadrimestre. Não preciso de nada e tenho uma lista extensa de livros ainda por ler em casa.
Por um lado uma vida menos cheia deixa-nos absorver melhor o que temos de valor dentro dela, por outro o planeta agradece se tivermos um consumo mais pensado e menos fast-fashion.
Aqui pelo blog já falei várias vezes sobre este ponto, porque de facto é a base do meu pensamento e de quem sou agora. Vida pessoal, trabalho, relacionamento com os outros, todas as facetas são tocadas por esta busca de simplicidade.
Algumas sugestões de livros para quem quer começar a encontrar o seu rumo na simplificação:
>>>> O poder do menos, de Leo Babauta
>>>> Menos é mais, de Francine Jay
>>>> Slow, as coisas boas levam tempo, de Raquel Tavares
>>>> Adeus, coisas, de Fumio Sasaki
>>>> Descomplica, de Sofia Castro Fernandes
>>>> A vida é simples, se a descomplicarmos, de Mar Cantero Sanchez
Há um sem número de livros e artigos pela web sobre estes temas, que não se referem só a destralhar objectos de casa, isso é apenas um ponto, provavelmente o mais simples.
Simplificar e descomplicar é ganhar tempo para apanhar sol num jardim ou caminhar na praia. É ganhar boas energias com uma conversa com aquele amigo que sabe ouvir e perguntar as coisas certas. É ler e reflectir sobre o que lemos, extrair ensinamentos. É estar online na conta certa, aquela que traga valor e não comparações mesquinhas. É não fazer tudo enlatado, tudo a correr.
É viver com sentido, o que para cada um pode ser uma coisa diferente, e por isso tanto do trabalho pessoal é saber o que importa para nós, e focarmos a nossa vida nisso, retirando o excesso e o que entorpece o caminho.
E dentro do teu sentido da vida, isto faz-te sentido? 🙂
Foto: Sylvie Tittel, Unsplash