Segunda-mão: às vezes sim, às vezes não.

Há países maduros neste sector dos artigos em 2ª mão.

Há muito tempo que alemães, nórdicos e ingleses têm o hábito de procurar peças únicas ou pechinchas. Houve uma altura que para nós era fino ir a Londres e comprar uma coisa em Notting Hill, mas cruzes canhoto comprar cá em Portugal algo em segunda-mão, “isso é que não, que eu só tenho coisas novinhas!”

Cá pelo burgo, foi preciso a crise bater fundo em 2012 para que OLX, Cash Converters, grupos de vendas no Facebook, Feiras da Bagageira e afins entrassem nas bocas do mundo… e na vida das pessoas.

(c) Vida 1.0

Talvez já não se lembrem, mas eu lembro-me bem do Natal de 2012, em que o país estava mergulhado numa crise profunda e as ruas espelhavam muita tristeza e medo nos rostos. Ainda me arrepio porque senti mesmo na pele esse Dezembro. Adiante.

Foi aí que olhei para a dispensa atafulhada de tralha nova, não usada, e comecei a pôr à venda coisas que não ia usar nunca. E ainda hoje o faço frequentemente. Porque no âmbito das destralhas que faço frequentemente há material para doar e há algum para vender. E há um bichinho na compra e venda.😉

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Hoje em dia, o estigma das peças em segunda-mão, sobretudo nas novas gerações, parece estar mais longe, e já não se trata só de uma tribo hippie que procura roupa baratuxa em mercadinhos. Mas só se pode comprar roupa?

Nope.

Livros, objectos de decoração, artesanato, acessórios, pequenos electrodomésticos e móveis… há coisas muito originais e de boa qualidade que se encontram em mercados de rua (a feira da Ladra é para mim um must 2 ou 3 vezes por ano, chamo-lhe os dias areja-cabeças 😂).

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Também é certo que surgiu uma certa onda urbana hippie-chic-cool-hipster dos mercadinhos e markets e cenas. E fica bem instagramar por lá.

Mas quando começas a ter uma consciência mais ecológica e olhas para as lojas como grandes “vomitadores” de coisas e mais coisas e mais coisas para consumirmos e consumir os recursos da bolinha… começas a aliar a busca de originalidade a uma preocupação de tentar que não seja tudo tão… descartável.

Como diz uma pessoa do meu coração, “saber comprar em feiras é um dom!” e either you have it… or you don’t.

E vocês? Costumam comprar/trocar coisas usadas?

 

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