A coragem da razão


“Quando sobram razões, não há-de faltar coragem.”

Esta frase acompanhou-me muitos anos, todos os dias.
Grafitada numa parede por onde passava, ainda nos tempos de ir de carro para o trabalho, ficava a olhar para ela mas hoje vejo que eu cheguei fisicamente à frase muito antes dela chegar a mim… interiormente.

Depois de um mês de Maio intenso, imersivo, de remodelações externas e internas, este podia ser também um post sobre o medo, esse papão sombrio que vemos gigante nos nossos pensamentos e afinal, quando abrimos bem as janelas e a luz entra… era só a sombra que o tornava enorme.

Há caminhos de auto-conhecimento pessoal, relacional, social, profissional (tantos als, caneco!) que marcam, desde aquele momento em que já nos sai clara a nossa apresentação de elevador, concisa e escorreita, sem floreados e engasganços, um olhar nos olhos e um abraço sem medo, até às reflexões profundas olhando para a nossa linha do tempo e entendendo caramba porque somos afinal como somos e como podemos melhorar-nos, encontrar-nos e com isso ir chegando a “nossa tribo”.

Perdi a conta aos casos de pessoas que vou conhecendo nesta busca, companheiros de um caminho divergente, ao meu lado, à minha frente e atrás de mim, e a verdade é que aprendo sempre algo com cada um. Porque quem anda à procura – sempre se disse – acaba por encontrar. Mas só quando põe o pé fora da sua bolha dourada.

E deixo aqui um recado a mim mesma, oficialmente escrito para o registo do tempo: a empatia vale mais que a simpatia.
Como se diz neste pequeno vídeo que vos convido a ver, raramente uma resposta “simpática” pode ajudar a melhorar uma situação, mas sim um momento de verdadeira ligação, que pode até não ter nenhuma palavra.

Que regresso profundo aos posts, caraca :), mas realmente, depois deste interregno, as pontas dos dedos tinham estas palavras penduradas.

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