Como compreender aquilo que ainda não somos?

No outro dia li esta frase numa revista e ando cá a matutar nela. Confirma-se, por aqui o Tico e o Teco também gostam de divagar. 🙂

Aquele pequeno “ainda” do título remete-nos para algo onde chegaremos, mas no qual ainda não nos encontramos, podendo ser adaptado a tantas situações da vida: laboral, pessoal, familiar.

Na minha cabeça curiosamente levei o assunto para o envelhecer, que hoje se diz ser mais activo, etc e tal, mas onde dia após dia continuamos a ver idosos a ser em geral “chutados para canto”.

Hoje, tantos anos volvidos no caminho da existência humana, continua a dar-se muito mais valor à juventude, e à sua beleza e frescura, que à sabedoria e tranquilidade de “opa, o que está feito está, o que não está…estivesse”, por detrás de cada ruga.

Esta coisa de nos pormos nos sapatos dos outros ajuda muito a ver para lá da nossa pessoa, e de facto é um exercício que ajuda a compreender onde chegaremos com a idade: nos nossos nos reveremos.

Todos queremos parecer jovens, perpetuar juventude e felicidade em selfies e welfies. As marcas vendem esse lifestyle e o sonho de “Os 50 são os novos 30”.

Mas não devemos esquecer os que estão mais à frente, noutra fase, em que já têm mais recordações que sonhos. Merecem carinho, respeito, e por vezes mais importante que tudo, o nosso tempo. Para os compreender melhor e saber preparar… o nosso próprio caminho.

“Não mudamos com a idade a estrutura do que somos. 
Apenas, como na música, somo-lo noutro tom.” – Virgílio Ferreira

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